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SAUDAÇÃO ÀS FAVELAS – BEZERRA DA SILVA

Atualizado: 28 de nov. de 2022

Por meio de diversas discussões e temáticas, as favelas estão sendo inseridas, cada vez mais, no "mapa" urbano das grandes cidades do país. Inclusive, neste final de semana, tivemos as finais de mais uma edição da Taça das Favelas, transmitidas em rede nacional de televisão.


Com essa fotografia, trazemos hoje uma música de um dos artistas mais identificados com a cultura dos morros, subúrbios e favelas cariocas: Bezerra da Silva!


O pernambucano José Bezerra da Silva (23 de fevereiro de 1927 — 17 de janeiro de 2005) foi um famoso cantor, compositor, violonista, percussionista e intérprete brasileiro dos gêneros musicais coco e samba, em especial samba de partido-alto.


Fez um tremendo sucesso nas décadas de 1980 e 1990, emplacando inúmeros hits nas rádios. Seu estilo musical transcendeu os grupos de samba e passou a ser convidado a gravar com bandas de rock e ícones da MPB.


Em cerca de 270 sambas gravados, Bezerra da Silva, que chegou ao Rio de Janeiro aos 15 anos e lá viveu até o fim da vida, incorporou e cantou os efeitos das desigualdades sociais, econômicas e culturais do contexto em que viveu (morou, por muito tempo, no morro do Cantagalo, na cidade do Rio). A presença de contrastes, a ausência do Estado, a busca por soluções próprias e as desigualdades foram elementos sempre muito presentes em sua obra.


Possui uma vasta e diversa discografia, deixando um grande legado no estilo ao qual ele mais se dedicou – samba com estrutura de partido-alto, com ênfase na "poética da malandragem" e no fraseado melódico.


"Saudação às Favelas" é a 4ª faixa do álbum "Partido Rife", lançado em 1985, com muito sucesso de público e crítica. Temos aqui um belo samba, encorpado, com letra criativa e genial performance, unindo música, letra, coro e interpretação em alto estilo.

Uma emocionada homenagem às favelas cariocas, num ritmo contagiante e de alto astral!


Ouvi muito essa canção na companhia do meu pai. Não era o estilo musical que eu mais curtia, mas aprendi a admirar e tenho ainda hoje na minha lista de favoritos.


A singularidade de sua obra e de sua interpretação, com uma condução periférica e até certo ponto solitária, sem se alinhar a tendências ou movimentos, trouxe menor exposição midiática a Bezerra da Silva, o que não ofuscou a sua carreira...


Sobe o som e vamos curtir juntos!


Essa você não conhecia!






116 visualizações1 comentário

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1 comentário


eduardo.souzadantas
23 de nov. de 2022

Sambinha bacana e interessante, um pequeno retrato de nossas favelas. Música boa fora do mainstream!


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