Uma surpreendente música instrumental nos envolve hoje no Blog.
Essa pequena canção, cativante, melodiosa, pungente e parecendo que saiu de um conto de fadas, vem do lendário e extraordinário cantor, compositor, instrumentista, arranjador, ator e ativista britânico Gordon Matthew Thomas Sumner. Ou melhor, Sting, que retorna mais uma vez ao Blog.
Muito já falamos aqui a respeito desse brilhante e esplêndido músico, mas gostaria de destacar a minha humilde “torcida“ para que, um dia, ele seja agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura….afinal, a Academia já reconheceu o fenomenal Bob Dylan e espero (do verbo esperançar) que a obra de Sting seja destacada também. Ponto. Falei! Rsrsrsrs....
"Saint Agnes and the Burning Train" é a 6ª faixa do conceitual álbum "The Soul Cages", lançado em 1991. É o terceiro álbum de estúdio da carreira solo de Sting. A maioria das canções desse disco é uma homenagem ao seu pai (Ernest Mattew Sumner), que havia falecido em 1987. Após sua morte, Sting passou a ter "bloqueio criativo" e conseguiu superar sua aflição lidando com a morte do pai por meio da música.
Vale ouvir o álbum de cabo a rabo, para ora se emocionar, ora se impressionar, ora sorrir, ora sentir uma suave melancolia que a saudade nos traz. Muitas das canções do álbum falam sobre navegação ou sobre o mar, pois o pai dele queria ter sido marinheiro. Há, também, nas canções, menções à região de Newcastle, na Inglaterra, onde Sting nasceu e cresceu.
Na música "Saint Agnes and the Burning Train", temos um pequeno concerto para violão. Uma linda e intrigante música que, a depender do nosso estado de espírito, pode vir a ter diferentes significados, matizes e sensações. De um balanço no mar a um cântico nostálgico medieval... um belo e contido arranjo, num suave movimento...
Bem, Sting é conhecido, principalmente, por suas letras e seu estilo muito próprio de cantar… e temos, nessa música, uma grata e diferente surpresa.
O título é enigmático….alguns críticos e estudiosos chegaram a comentar que a inspiração refere-se à morte de sua avó (Agnes), na adolescência, num acidente de trem, que se incendiou…sutilmente, o ritmo da canção nos remete “bem de leve” a uma locomotiva. Temos também uma pegada meio valsa, meio flamenca. Lindo!!!!
Sobe o som e vamos curtir essa pequena pérola que está ali, perdida, no lado B de um icônico disco, mas que traz muitos significados...
Essa DEFINITIVAMENTE você não conhecia!
Essa música é, realmente, surpreendente!!! Um achado!