Virtuoso, David Jon Gilmour dispensa maiores apresentações. Líder da lendária banda Pink Floyd no período pós-Roger Waters, Gilmour, um extraordinário guitarrista, cantor, instrumentista, compositor e arranjador, tem uma extensa e brilhante discografia, incluindo vários álbuns solo lançados. Suas músicas fazem parte da trilha sonora que acompanhou e ainda acompanha várias gerações.
David Gilmour é considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos, com um estilo único e inconfundível e uma técnica diferenciada. Tal qual um Mozart da guitarra, seus solos são impecáveis, perfeitos e apaixonantes, nunca frios ou somente técnicos. Um guitarrista tão peculiar que nos primeiros acordes já o reconhecemos.
"Rattle That Lock" é a segunda faixa do excelente álbum solo do mesmo nome, lançado em 2015 e que alcançou muito sucesso de público e crítica. Temos aqui uma composição especial, com um ótimo refrão, uma letra muito instigante e solos primorosos.
A música começa de maneira inusitada: uma inspirada vinheta, composta por quatro notas, criadas por Michael Boumendil, utilizada para anunciar a chegada de trens nas estações em Paris. Na sequência, temos um forte início, com um pulsante contrabaixo, seguido de bateria, guitarras e teclados dando o clima, numa levada com swing quase baladinha.
Os famosos solos de guitarra de Gilmour aparecem entremeando a canção, de maneira estilosa.
Essa gravação reúne vários elementos que remetem à sua trajetória no Pink Floyd, acrescida de efeitos especiais que criam um clima gostoso e uma atmosfera com uma deliciosa levada pop rock!
Vale destacar também o coral (Coro da Liberdade), que foi gravado com a participação dos ex-companheiros do presídio (próximo a Londres) onde seu jovem enteado esteve preso por quatro meses, condenado após uma tentativa de jogar uma lata de lixo no carro em que estavam membros da família real britânica.
O nome da música relaciona-se, metaforicamente, com essa situação. A história dessa gravação está no YouTube (vale a pena conferir).
Para o lançamento do álbum, Gilmour e banda realizaram 50 concertos de divulgação pelo mundo afora, em 2015/2016. No Brasil, foram quatro shows, em 2015 (dois em São Paulo, um em Curitiba e um em Porto Alegre).
Como sou um fã de carteirinha e estava comemorando meus 50 anos por essa época, cometi uma grande loucura. Assisti esse mesmo concerto em cinco ocasiões diferentes: já no lançamento, em Londres; depois, por duas vezes em Sampa; no ano seguinte em Nova York, no MSG (Madison Square Garden); e, por fim, num final da tarde em um local encantado (Castelo de Chantilly, próximo a Paris). Estou pagando as prestações até hoje (ufa! rsrsrs....), mas já estou pronto para a próxima.
Quando me perguntam qual foi o melhor show, lamento, mas a resposta é um pouco chavão: cada um com seu impacto e emoção diferentes na alma e no coração. Mas, nada, nada, absolutamente nada supera presenciar a reação de 55 mil pessoas, no Allianz Park, em São Paulo, entoando "Olê, Olê, Olê, Olá, Gilmour, Gilmour"…nessa altura do show, já estávamos no bis e eu, colado à grade de proteção e a poucos metros do palco, é claro, suado e com lágrimas nos olhos, pude observar a emoção de Mr. Gilmour celebrando com sua backing vocal e repetindo: "Amazing, Amazing, Amazing"...
Sobe o som, veja o videoclipe e vamos curtir juntos essa viagem na busca de “romper as correntes”.
Essa você não conhecia!
Um gênio da guitarra e da música explorando outros caminhos mas mostrando um dos porquês do Pink Floyd ser, até hoje, um dos grupos mais aclamados do mundo do rock!!!
As camas e teclados de fundo fazem do som muito mais interessante. Realmente, mantem as "psicodélicas mil"de Pink Floyd, mas com uma suavidade extra. O clipe é um show a parte! Muito legal o som! Awesome!
A essência psicodélica do Pink no vídeo e o solo inconfundível se mantiveram. Essa eu realmente não conhecia...