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MÁQUINA DE RITMO – GILBERTO GIL

Atualizado: 12 de jun. de 2023

O que é bom nunca cansa nem se esgota... Por isso, pela quarta vez trazemos, ao blog, Gilberto Gil, esse prodígio da música brasileira que, mais uma vez, vem abrilhantar este espaço.


Sempre com músicas poéticas, pérolas relativamente desconhecidas que sempre têm uma mensagem a nos passar...

A canção da vez é "Máquina de Ritmo".


Em tempos de discussões sobre Inteligência Artificial, ChatGPT, avanços tecnológicos ininterruptos e outros quetais, Gil aborda um viés também futurista nessa bela música, um poema em forma de samba, com uma letra sublime.


Vamos falar um pouquinho sobre a história dessa música. Ela apareceu, pela primeira vez, no documentário "Outros Bárbaros", de 2004, que retrata o emocionante reencontro dos Doces Bárbaros, em shows históricos, em 2002, em São Paulo e no Rio de Janeiro.


Em 2008, essa canção foi incluída no álbum de estúdio "Banda Larga Cordel", como a 14a. faixa. Essa é a versão que estamos mostrando aqui. Esse disco alcançou relativo sucesso, mas a música em questão foi pouco executada nos canais e plataformas de música, bem menos do que merecia.


Por fim, em 2012, a música ganhou novos arranjos e foi inserida no álbum "Concerto de Cordas & Máquinas de Ritmos" (Ao Vivo), gravado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, como a 1a. faixa.


Temos uma aqui uma brilhante junção letra e arranjo, bem tecno pop, praticamente um delicioso sambinha, muito bem tocado e cantado. Gil realiza, poetica e profeticamente, uma viagem ao futuro, em que as “máquinas” irão substituir os instrumentos musicais, elaborando “sambas bons e sambas ruins“e deixando gradualmente a poesia de lado, ficando a sensibilidade subjugada a um mero botão de computador…

Ouça com atenção: é genial! Vemos em ação, aqui, o Gil poeta, o Gil profético (o mesmo que escreveu “o melhor lugar do mundo é aqui e agora “, em 1976, antevendo em décadas o movimento da mindfulness ou o “pela internet", de 1995, que abriu o debate sobre o tema, ao mesmo tempo em que a população "comum" ganhava acesso à Internet).


Interessante que, nessa versão de estúdio, no final da música o arranjo como que sugere uma máquina sendo desligada, duplamente genial!


Sobe o som e vamos curtir juntos essa maravilhosa canção!


Essa você não conhecia!

















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1 Comment


Simplesmente gênio! Não há outro adjetivo para Gil... música fantástica!


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