Nesta semana, trazemos três em uma no Blog. Três músicas em uma... uma grande canção e uma memorável performance, em todos os sentidos!
Originalmente, o Blog foi criado com a premissa de contemplar músicas em caráter muito pessoal, e assim tem sido...até agora! A de hoje, diferentemente e especialmente, carrega várias nuances musicais que eu gostaria de destacar!
Apresento a vocês uma música emblemática, um épico extraordinário!
Yes é uma famosa banda britânica de rock progressivo, formada originalmente por Jon Anderson (vocal), Chris Squire (baixo), Tony Kaye (teclados), Peter Banks (guitarra) e Bill Bruford (bateria), em 1968. São mais de 50 anos na estrada!
Apesar das inúmeras e às vezes até traumáticas mudanças na sua formação, separações ocasionais e as diversas alterações no estilo musical (do rock progressivo ao pop, pop rock, etc.), o grupo permanece ativo e ainda detém grande prestígio no meio musical, bem como junto à mídia especializada e à sua legião de fãs.
A banda possui uma imensa discografia (+ de 50 álbuns, além de vários compactos) e, a cada formação, a banda alterou ligeiramente seu estilo musical. Porém, o núcleo da música progressiva permaneceu no DNA dessa turma, conhecida por suas músicas "complexas" e performances virtuosas.
O rock progressivo tem a influência de diversos gêneros musicais, como hard rock, blues, rock psicodélico, blues-rock e free jazz. Uma das características mais marcantes do Yes é a longa duração das suas músicas.
"Endless Dream" engloba as três últimas faixas (7, 8 e 9) do álbum "Talk", lançado em 1993. Ou seja, é uma música composta por três partes/faixas que se interligam...posteriormente, em reedições a partir de 2002, as três partes foram juntadas em uma faixa única.
O álbum acabou não tendo a repercussão que merecia e, nesse período, a banda vinha sendo muito criticada pelos fãs mais ardorosos, por ter adotado uma linha mais pop.
Nessa época, o Yes esteve no Brasil (em São Paulo, tive a oportunidade de assistir), promovendo o novo disco. Assisti extasiado à performance dessa canção, ao vivo.
Bem, temos nessa canção uma “resposta“ do grupo ao críticos, com essa pequena “obra-prima”. Uma música que eu adoro desde que comprei o CD, na ocasião do lançamento.
São quase 16 minutos de felicidade musical, divididos em três momentos:
1ª parte (Silent Spring): uma rápida introdução, bem pesada, com 1’56 (tenha paciência leitor...rsrses), em que todos se destacam – solos de guitarras impressionantes; linha de baixo bem marcada (observem); belos teclados; e uma bateria pulsante.
Nessa parte, há uma explosão musical, com uma execução apaixonada, rápida e com muito talento.
Nesse disco, a formação principal foi: Jon Anderson (vocal), Trevor Rabin (guitarra e vocal), Tony Kaye (teclados), Chris Squire (baixo) e Alan White (bateria).
2ª parte (Talk): são quase 12'. Aqui, entramos na temática da canção, com belíssimos momentos do piano, com destaque para a letra (confira a mensagem de amor e esperança), com um vocal inspirado, e também para as guitarras e os teclados, além de um coral muito, muito bonito. Uma pequena catarse musical, uma autêntica "ordem fora do caos"….
3ª parte (Endless Dream): um encerramento em coro, bastante melodioso e ligeiramente melancólico, para potencializar a emoção de suas mensagens. Termina com um único batimento cardíaco...
Particularmente, acho uma obra progressiva muito bem executada, quase uma "aula musical", com um potente arranjo e extraordinários músicos (aqui vale salientar o desempenho do competente guitarrista, Trevor Rabin – em seu último álbum pela banda – e sua capacidade de arrancar gritos ensurdecedores da guitarra, com seus lindos solos e belos timbres). Ele é coautor da música, junto com o vocalista Jon Anderson.
Tudo muito harmonioso e bonito!
Classifico essa canção entre as top five das melhores coisas que essa turma já gravou!
Bem, sugiro ler a letra antes da decolagem...rsrsrs. Aperte os cintos, boa viagem e curta bastante a canção!
Essa definitivamente você não conhecia!
Espetacular esse épico, nos transporta para outra dimensão! Sou fascinado por esse tipo de música que se divide em "partes", como em Bohemian Rhapsody, do Queen (sem querer comparar uma coisa com a outra, por favor!). Essa do Yes é fantástica também!