Hoje trazemos novamente ao blog, depois de mais de um ano, o músico, cantor, compositor, pianista e multi-instrumentista de jazz contemporâneo Jamie Cullum, interpretando "Don't Let Me Be Misunderstood".
Essa canção é um clássico da música mundial. Foi escrita originalmente por Horace Ott, Bennie Benjamin e Sol Marcus para a maravilhosa cantora, compositora e pianista Nina Simone, que a incluiu no álbum "Broadway-Blues-Ballads", lançado em 1964.
No final do mesmo ano, essa música foi regravada pela banda britânica The Animals, com muito sucesso.
Ao longo do tempo, essa canção também foi regravada/interpretada por outras feras, como Cyndi Lauper, Joe Cocker, Elvis Costello, entre outros artistas. Mas alcançou o ápice do sucesso, em nível mundial, com a versão do grupo Santa Esmeralda, lançada em 1977, no auge da disco music, na febre das discotecas. Ainda hoje, é um ícone em qualquer balada retrô com temática dos anos 1970/1980.
Nessa releitura de Jamie Cullum, "Don't Let Me Be Misunderstood" ganha uma nova interpretação. É a 7a. faixa do álbum "Interlude", lançado em 2014.
Temos aqui uma versão gravada em estúdio, mas num estilo “ao vivo”, com uma jazz band com mais de 30 músicos nos metais (sax, trompete etc.) – a famosa “big band” –, com sua força sonora e execução impecável.
Além da competente turma de apoio, temos o belo piano e a voz do Jamie Cullum. Porém, o grande destaque é a impressionante e especialíssima participação do cantor, compositor e ator norte-americano Gregory Porter, considerado um dos principais artistas contemporâneos de jazz. Ele inclusive já venceu, por duas vezes, o Prêmio Grammy de Melhor Álbum de Jazz. Porter tem um estilo único, que mistura soul, jazz e gospel!
Que baita voz! Encorpada, potente e, por vezes, até “aveludada”, com uma pegada muito particular. Fica até uma sensação que sua voz invade e preenche o ambiente... rsrsrs.
Cullum, banda e Porter fazem um sonzão! Com um estilo bem diferente das versões anteriores, trazem um lado mais romântico da letra/canção, bem “cool jazz", muito gostoso de ouvir.
Tenho uma certa dificuldade para lidar com reinterpretações…talvez por excesso de conservadorismo ou mesmo pela paixão que uma versão original ou anterior tenha me causado. Porém, estamos diante de uma pérola, com suas nuances e muito suave de se escutar.
Caso você queira conhecer melhor o Gregory Porter, sugiro ouvir, nas plataformas de música, sua interpretação ao vivo de um clássico de Sting – "It's Probably Me" (live at the Polar Music Prize Ceremony 2017).
Sobe o som e vamos curtir juntos! Se imagine num estúdio e essa turma toda tocando na sua frente. Sensacional!
Essa versão você ainda não conhecia!
Que vozes bonitas! Conseguiram uma pegada mais poética e sensível para o que era uma baladinha agitada.
Sonzeira fantástica! Eu, particularmente, adoro músicas que tenham participações de "big bands", com muitos instrumentos, polifonia, etc.
Jamie Cullum está fantástico na interpretação desse clássico da música mundial, mas a participação de Gregory Porter abrilhanta, demais, a performance! Grande voz!